25/10/2022 às 14:10 Entrevistas

Entrevista com André Kvarnström (Blues Pills)

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4min de leitura

André Kvarnström é baterista da banda Blue Pills, que se apresenta em São Paulo no dia 29 de outubro. Conversei com o músico sobre as expectativas para essa primeira vez na América do Sul e também sobre as músicas na pegada blues e rock da banda. Boa leitura!

Gustavo Maiato: O Blues Pills virá ao Brasil pela primeira vez agora em outubro. Como estão as expectativas?

André Kvarnström: Estamos muito animados! Será nossa primeira vez na América do Sul. Será ótimo tocar alguns shows por aí.

Gustavo Maiato: A banda está preparando alguma surpresa? O que os fãs podem esperar dos shows?

André Kvarnström: Vamos tocar muitas músicas do álbum ‘Holy Moly!’. É o que estamos tocando nos festivais europeus de verão. Estamos bem preparados para entregar um grande show de rock.

Gustavo Maiato: Qual feedback vocês têm recebido desses últimos shows?

André Kvarnström: Desde que lançamos o ‘Holy Moly!’ em 2020, nunca pudemos tocar ao vivo. Agora é a primeira vez que essas músicas estão sendo tocadas nos shows. Parece que todos estão curtindo. As músicas são mais roqueiras, é mais fácil da galera curtir junto.

Gustavo Maiato: Como a pandemia afetou a gravação e lançamento do ‘Holy Moly!’?

André Kvarnström: Lançamos o álbum bem durante a pandemia. Ele estava finalizado já, mas adiamos um pouco. Acabou saindo em 2020 mesmo.

Gustavo Maiato: Vocês lançaram uma versão em balada da música “California”, com participação do vocalista Marc Broussard. O que achou do resultado?

André Kvarnström: Se me lembro bem, fizemos uma brincadeira legal com a canção, que acabou se transformando nessa nova versão. Me pareceu uma abordagem bacana, o Marc tem uma voz maravilhosa. Tudo ficou maravilhoso.

Gustavo Maiato: Vocês já têm planos para novas músicas e novo álbum?

André Kvarnström: Sim! Durante a pandemia, conseguimos nos encontrar algumas vezes para continuar escrevendo novas músicas. Agora, temos muitas boas ideias e estamos trabalhando já em um novo álbum. Acho que vamos avançar nessas músicas em breve e o próximo álbum chegará rápido.

Gustavo Maiato: Esse novo álbum será na mesma pegada do ‘Holy Moly!’?

André Kvarnström: Acho que será algo na mesma linha. Temos uma sonoridade que vamos manter, mas tem uma coisa ou outra meio punk, outras mais suaves. No final das contas, vai soar como nós. Não sei se isso faz muito sentido! [risos].

Gustavo Maiato: Vocês tocam blues rock. Muitos dizem que o blues precisa soar renovado e conectado com a juventude, mesmo sendo um estilo antigo. Como você avalia isso?

André Kvarnström: Eu gosto dessa influência do blues e do rock psicodélico, mas não considero mais o Blues Pills uma banda de blues. Talvez nunca tenha sido, mas tem influência. Agora, temos elementos mais para o rock.

Isso é complicado de especular. Não tenho certeza sobre como responder. Acho que o blues de alguma forma conseguiu sobreviver. Tem muita banda por aí tocando esse estilo.

Gustavo Maiato: Quais seus músicos favoritos de blues?

André Kvarnström: Gosto muito das coisas antigas. Gosto de Johnny Winter e Robert Johnson. Mas não ouço muito.

Gustavo Maiato: Como é para vocês estar em uma gravadora de metal como a Nuclear Blast?

André Kvarnström: Acho que a combinação entre o Blues Pills e a Nuclear Blast foi ótima. Eles têm muitas bandas retrô, como nós. Quando iniciamos, esse tipo de música estava em alta na gravadora. Nós fizemos muitos shows na Alemanha, então acho que isso ajudou. Na verdade, a banda assinou com a Nuclear Blast antes de eu entrar. Foi no primeiro álbum.

Gustavo Maiato: Como foi esse seu começo na banda?

André Kvarnström: Temos agora um novo baixista na banda, chamado Kristoffer Schander. Eu e ele tocávamos juntos em uma banda antes. Um dia, nós resolvemos assistir a um show do Blues Pills. Nós começamos a conversar naquela noite. Eu estava em outra banda naquela época, mas depois eles precisaram de um novo baterista. Nós já nos conhecíamos e eles perguntaram se eu queria entrar.

Gustavo Maiato: No Instagram do Blues Pills, vi que vocês encontraram a galera do Sepultura pelos festivais, né?

André Kvarnström: Sim! Encontramos eles em um festival. Nós trabalhamos com o mesmo técnico de som do Sepultura. Fizemos essa conexão e nos encontramos na República Tcheca. Eles foram muito legais com a gente.

Gustavo Maiato: A música com mais reproduções no Spotify do Blues Pills é a “High Class Woman”. Que memórias você tem dessa canção? Por que acha que ganhou tanta popularidade?

André Kvarnström: É uma música muito boa! Bem na pegada rock, gostei desde que ouvi pela primeira vez. A banda lançou antes de eu entrar. Sempre gostei da banda, mesmo antes de entrar. Gosto de tocar essa música ao vivo. No refrão, a galera sempre gosta. Curto muito também o solo de guitarra e o instrumental

25 Out 2022

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