18/03/2022 às 20:39 Resenhas de Discos

The Giant Void acerta ao não negligenciar melodia e variedade em meio aos riffs pesados

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A estreia do trio brasileiro The Giant Void com o álbum “Thought Insertion” mostra que a banda já nasceu madura, ou pelo menos com uma grande noção de arranjo e senso melódico. O que isso quer dizer?

Em primeiro lugar, uma boa variedade de influências e atmosferas ao longo do disco, mas com uma espinha dorsal no metal clássico bem feita. Músicas mais agressivas e pesadas como “Chernobyl” e “Pale Blue Dot (Meant to Last)” são revezadas com respiros mais cadenciados como os de “Ordinary Man” (essa com um quê de Tony Iommi) e a abertura “Voidwalker”.


Outro trunfo é a voz marcante de Hugo Rafael, que vai do gutural ao suave, passando pelo rasgado – que é onde estaciona mais vezes. Isso deixa o tempero mais heterogêneo, sem cansar o sabor.

Vale destaque para a melhor do álbum: “Beltalowda”, com sua genial intro “hardão 1980” e bumbo pulsante que transporta o ouvinte para a vibe proposta. Se tivesse um teclado azeitando a mistura, não tinha para ninguém!

Por fim, “Thought Insertion” é uma aula de arranjo e peso. A banda ousa em alguns pontos, como a presença de versos em espanhol em “Bite the Bullet” (feitos por Adrian Barilari, da banda argentina Rata Blanca), mas no geral o que se ouve é uma genuína releitura de sonoridades que marcaram a construção do metal ao longo das últimas décadas. 


18 Mar 2022

The Giant Void acerta ao não negligenciar melodia e variedade em meio aos riffs pesados

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